Laudo Elétrico: o que é e quais são os tipos?

Você é um síndico ou dono de um estabelecimento que se preocupa em fornecer um lugar seguro para aqueles que frequentam o ambiente no qual você é responsável? Então, é muito provável que estar em conformidade com as normas é um assunto importante para você. Ter o laudo elétrico em mãos é imprescindível para se assegurar de que, se acontecer qualquer problema, você está legalmente fazendo a sua parte para proporcionar segurança. Mas afinal, você sabe o que é um laudo elétrico? Sabe se você precisa de um laudo hoje? Neste artigo, você vai entender melhor sobre o laudo elétrico, para que ele serve e como você pode emitir esse documento. O que é um Laudo Elétrico e para que serve? Um laudo elétrico basicamente é um documento que atesta, após uma perícia, se a instalação elétrica do seu condomínio ou estabelecimento está em conformidade, ou não, com as normas técnicas brasileiras e do seu estado. No Brasil, diversas instituições exigem o laudo, como o Poder Público, Corpo de Bombeiros, prefeitura e seguradoras. Além de você ter certeza que todos estão seguros dentro do condomínio, o laudo pode te proteger legalmente caso algum incidente aconteça, como um incêndio elétrico. Portanto, você não poderá ser acusado(a) por negligência, o que é um grande alívio para os síndicos que estão preocupados em estabelecer um bom relacionamento com os moradores. A empresa ou condomínio que não elabora seu laudo técnico pode sofrer diversas penalidades, desde colocar em risco seus funcionários ou moradores ao não estar em conformidade com as normas de segurança, aplicação de multas ou mesmo responder criminalmente por acidentes. Nos tópicos seguintes vamos entender um pouco mais sobre os tipos de laudos elétricos e suas respectivas validades. Quais são os tipos de Laudos Elétricos? Existem diversos laudos elétricos que você pode fazer, mas dois deles você precisa ter em dia para atestar que o local está de acordo com as normas: o laudo de SPDA e o de Instalações Elétricas. Laudo de SPDA O laudo de SPDA atesta que todo o sistema de proteção contra descargas atmosféricas está funcionando corretamente, ou seja, as conexões estão firmes, nenhum fio está rompido e não há pontos de oxidação. Somente com todos os detalhes em conformidade com as NBR 5419 é possível garantir que esse sistema irá funcionar corretamente. Esse laudo normalmente é exigido pelos bombeiros via notificação e, se apresentar algum problema durante a perícia, será necessário efetuar a manutenção do SPDA. Caso o responsável ainda insista em não efetuar a manutenção, ele estará sujeito a multa. Outro momento importante para se ter um laudo de SPDA ocorre quando há danos materiais ou físicos no local. Neste caso, você apresenta esse laudo a uma seguradora ou juiz para comprovar a conformidade das instalações do condomínio. Não tendo o laudo em dia você corre o risco de o SPDA não estar funcionando corretamente quando precisar, como no caso citado a cima. Laudo de Instalações Elétricas Já o laudo de instalações elétricas observa toda a estrutura elétrica do condomínio ou estabelecimento. Por exemplo, cabeamento, dispositivos de proteção, quadros de distribuição e medição, sistema de aterramento, padrão de entrada, transformador (se houver). Esse laudo se aplica à instalação elétrica de edificações comerciais, residenciais, industriais e públicas. Para garantir a preservação da estrutura física da edificação e a segurança das pessoas, o sistema deve estar conforme a norma vigente NBR 5410 e, também, as normativas técnicas do órgão do estado — a CELESC no caso de Santa Catarina. Assim, o ambiente é reconhecido legalmente pela segurança e adequação em relação as suas instalações elétricas.  Qual a validade do Laudo Elétrico? Ambos os laudos, do SPDA e de instalações elétricas tem validades diferentes, dividimos em dois tópicos para você entender melhor. Validade do Laudo SPDA Segundo a NBR 5419 o Laudo de SPDA deve ser feito a cada 1 ou 3 anos dependendo de algumas condições. A maioria das edificações residenciais ou comerciais o tempo de validade é 3 anos. Para edificações que estão situadas em zonas litorâneas (comercial ou residencial), estas têm a validade do laudo de apenas 1 ano. Esse tempo mais curto se dá devido a maior probabilidade dos materiais estragarem oxidação. É importante salientar que se há suspeita de que o SPDA sofreu uma descarga atmosférica ou houve qualquer alteração, também deve ser feito um laudo para atestar o funcionamento do sistema. Validade do Laudo de Instalações Elétricas O laudo de instalações elétricas segue os padrões de qualquer outro laudo baseado na NR10, isso significa  que a validade é de 1 ano. Mas, independente da validade, se já houve um incêndio, mudança, ampliação da rede ou há qualquer indício de problemas na instalação, então deve ser feito um novo laudo. Contrate a C2E para fazer seu Laudo Elétrico A C2E detém capacidade intelectual e experiência com instalações e SPDA para realizar laudos. Além disso, nós fazemos uma condição especial caso o laudo aponte a necessidade de correções. Nesse caso, entregamos o laudo com todas as sugestões e, após você realizar as alterações na instalação, nós atualizamos para que o relatório ateste a conformidade com as normas. Se você está precisando realizar um laudo, pode entrar em contato conosco pelo e-mail consultoriac2e@gmail.com ou pelo telefone (48) 9 9929-1750. Posts Relacionados Manutenção predial: o que é e por que é importante? Checklist de Inspeção Predial Elétrica

Qual a diferença entre os disjuntores DIN e NEMA?

Já comentamos em outros artigos sobre a importância dos dispositivos de proteção elétrica e seus diferentes tipos. Daqueles listados, o mais conhecido entre eles são os disjuntores, que desempenham papel fundamental numa instalação elétrica. Porém, no mercado existem dois modelos diferentes desse equipamento, o que geralmente gera a dúvida sobre qual é a diferença entre os disjuntores DIN e NEMA.  O objetivo desse artigo é explicar de forma simplificada as características desses dois modelos, assim você estará atualizado quanto as diferentes tecnologias disponíveis que garantem segurança e conforto ao seu prédio. O que são disjuntores? Os disjuntores são equipamentos de segurança que funcionam como interruptores para a instalação elétrica. Assim, de modo a evitar sobrecargas ou curtos, eles desligam o circuito quando são percorridos por uma corrente elétrica muito elevada. É justamente pelo seu funcionamento que dizemos que “a chave desarmou” ou que “o disjuntor caiu”. Como saber qual disjuntor devo usar? Existem diversos valores disponíveis para os disjuntores, chamados de valores nominais, que são escolhidos de acordo com a corrente estimada que percorrerá o circuito elétrico em questão.  Sempre deve-se escolher o disjuntor com o mínimo valor nominal que ainda seja superior à corrente. Se a corrente for de 8 A (amperes), por exemplo, o disjuntor ideal é o de 10 A—pois ele é valor mínimo mais próximo de 8 A disponível no mercado.  Ainda no caso acima, significa que o disjuntor irá bloquear a passagem de corrente quando ela for superior a 10 A, já que pode estar havendo um problema na instalação. Modelos de Disjuntores Atualmente, existem dois modelos diferentes de disjuntores disponíveis no mercado, o NEMA e o DIN. Nos próximos tópicos você irá entender as distinções entre esses dois aparelhos, além de aprender a identificar qual deles está presente no painel elétrico da sua casa ou condomínio. Disjuntor NEMA O disjuntor NEMA é o modelo mais antigo e ainda o mais comum de se encontrar em instalações elétricas. Chamamos ele de disjuntor térmico, já que isso descreve o princípio de funcionamento do mesmo. Explicando melhor, a corrente elétrica percorrendo um fio dissipa parte da energia através do calor. E, ao ultrapassar o valor nominal do aparelho, essa corrente irá aquecer o fio em excesso, ativando o mecanismo do disjuntor e fazendo com que ele abra o circuito. Além disso, a capacidade de interrupção do NEMA é pequena quando comparada a do disjuntor DIN. Isso significa que o NEMA só consegue identificar correntes até um certo valor durante um curto-circuito. Se a corrente for maior que este número, ele não desempenhará sua função. Para identificar um disjuntor do tipo NEMA basta observar a sua cor, visto que são sempre pretos. Disjuntor DIN O disjuntor DIN, por sua vez, é o mais atual e moderno. Ele recebe o nome de disjuntor termomagnético, pois possui um sensor magnético que permite o disparo antes de o fio esquentar. Dessa forma, o DIN conta com a mesma tecnologia do térmica do NEMA e também com a magnética. Não entendeu o que o sensor magnético tem a ver com a corrente elétrica? Te explicamos: além de produzir calor, a corrente também produz o campo magnético. Se ela for muito grande, o campo gerado também será, que por vez passa a ser identificado no disjuntor por um novo dispositivo—a bobina—o qual interrompe a passagem de corrente antes mesmo que o fio esquente. A capacidade de interrupção do disjuntor DIN, como mencionado, é maior. Ele é capaz de identificar curto-circuitos de correntes muito maiores, o que traz mais segurança ao edifício. Quanto a identificação dos disjuntores DIN, eles têm sempre cor branca. Conclusão Após trazer todas essas características, é importante chamarmos atenção ao uso dos disjuntores do tipo NEMA, os quais são comumente encontrados em quadros de distribuição mais antigos. Este disjuntor, como já vimos, utiliza um mecanismo que não garante segurança para a instalação elétrica do prédio e para as pessoas que estão neste ambiente. Por isso, damos preferência sempre ao uso do disjuntor DIN, que fornece proteção com uma resposta mais rápida. E agora? Ficou claro para você a diferença entre os disjuntores DIN e NEMA? Faça um diagnóstico com a C2E Está querendo alterar os disjuntores do seu painel? Acha que ele está muito antigo e quer novas tecnologias? A C2E te ajuda! É só entrar em contato pelo e-mail consultoriac2e@gmail.com e responderemos em seguida.

Mini e microgeração de energia: o que é e quais são os benefícios?

Segundo a ABRADEE, a tarifa energética brasileira é a 14ª mais alta entre os países membros da Agência Internacional de Energia. E quando se trata da carga tributária que incide sobre a conta de luz residencial, o Brasil alcança o segundo lugar. Todos esses impostos e encargos tarifários representam cerca de 40% da conta de luz, o que explica porque a dos brasileiros é tão alta. Mas, você sabia que há uma forma de você reduzir esse valor? Em 2012 a ANEEL criou a mini e micro geração, possibilitando a troca de energia elétrica do consumidor e da distribuidora. Essa compensação de energia é proporcionada por geradores de pequeno porte, que podem reduzir a conta em até 95% do valor.  Ficou interessado em saber mais? Nesse artigo focaremos em alguns assuntos em comum da mini e microgeração de energia e abordaremos os seguintes pontos: O que é mini e microgeração de energia? Quais são os tipos de mini e microgeração? Relação entre as diferentes fontes de energia renováveis Benefícios Regulamentação O que é mini e microgeração de energia? A mini e microgeração de energia, criada em 2012 pela ANEEL, é o processo que permite os consumidores gerarem a própria energia através de geradores de pequeno porte, movidos por fontes de energia renováveis. Qual a diferença entre mini e microgeração? A principal diferença entre elas é a potência do gerador. No caso da microgeração, a potência deve ser igual ou inferior a 75kW (quilo-watts). Essa categoria abrange a grande parte dos consumidores residenciais, produtores rurais, e comércios de pequeno e médio porte. Já a mini geração trabalha com potências superiores a 75kW, podendo chegar a 3MW (mega-watts) para fontes hídricas ou 5MW para as demais fontes renováveis. Esse tipo de gerador consegue atender grandes empresas, fábricas e até indústrias menores. (Caso você não saiba, o valor de 1MW é igual a 1000kW). Como funciona o sistema de compensação? Ao instalar mini ou microgeradores, o consumidor passará a produzir sua própria energia que será ligada ao sistema elétrico da distribuidora. A concessionária utiliza essa energia, como a Celesc no caso de Santa Catarina, e depois compensa no valor do consumo total da propriedade. Ou seja, é como se depois você recebesse um desconto na conta de energia. Quais são os tipos de mini e microgeração de energia? Para esse tópico, é importante você entender antes o conceito de fonte de energia renovável. Fonte de energia renovável é aquela dita inesgotável. Alguns exemplos são: energia hídrica, solar, eólica, biomassa, geotérmica e oceânica. Damos destaque para as energias solar e eólica, que estão em alta atualmente devido ao fácil acesso das mesmas. No caso dos mini e microgeradores, as fontes renováveis permitidas são a hidrelétrica, a solar, a eólica e a biomassa.  Além do modelo de geração citado acima, outra forma de reduzir os gastos através da produção de energia é com a cogeração qualificada, veremos a seguir sobre ela. Cogeração qualificada A cogeração qualificada consiste no processo de geração simultânea de duas ou mais energias a partir do consumo de um único combustível. Isso é muito útil, visto que dessa forma aproveitamos a parte da energia que antes era desperdiçada em calor. O mais comum é a produção de eletricidade e energia térmica (calor ou frio) a partir do uso de gás natural e/ou de biomassa, entre outros. Alguns exemplos de empresas que utilizam a cogeração de energia são a Mercedes Benz em Iracemápolis–SP e a fábrica da Coca-Cola em Itabirito-MG. Fontes de energia renováveis utilizadas na mini e microgeração Dentre todas essas possibilidades, a mais utilizada é a energia solar. Alguns dos motivos de ser a “favorita” é que, além de possibilitar a geração de energia elétrica, ela também pode servir para o aquecimento da água, como em piscinas. Outros fatores são: o pouco espaço que as placas ocupam e a valorização que elas dão ao imóvel, a duração da vida útil e a baixa necessidade de manutenção. De acordo com a Aneel, no final de 2019 mais de 10 mil catarinenses já utilizam o sistema de geração distribuída. E mais, as instalações residenciais de energia solar representavam mais de 65% dos geradores.    Enquanto a energia eólica, apesar de estar em alta, exige que o local de instalação dos aerogeradores residenciais tenha algumas características bem específicas para que o sistema tenha um bom funcionamento. É necessário um estudo do clima da região antes da instalação, dessa forma há poucos lugares com condições favoráveis para esse tipo de mini ou microgerador.  Benefícios Como a economia é a primeira vantagem esperada pelo consumidor, já antecedemos que os geradores podem, sim, trazer uma redução de até 95% na conta de luz. Mas, porque 95% e não 100%? Porque existe uma taxa chamada custo de disponibilidade, isto é, o valor que você paga às distribuidoras por utilizar a infraestrutura da rede de transmissão elétrica. O preço dessa taxa mínima varia conforme o tipo de conexão (monofásico, bifásico e trifásico) e o grupo tarifário (A ou B) que o consumidor está inserido. Porém, os benefícios dessa atividade vão muito além da economia, atingindo não somente os consumidores, mas o sistema elétrico nacional como um todo. A seguir algumas das principais vantagens: Incentivos: o governo federal, estadual e municipal tem liberado vários incentivos com o objetivo de estimular os consumidores a produzir sua própria energia. Um exemplo é a isenção de impostos sobre a energia gerada. Eficiência: na etapa de transmissão e distribuição há perdas técnicas de energia. Isso acontece porque parte dela é dissipada no caminho e há transformação de tensão. Com o consumidor produzindo sua própria energia, o sistema elétrico ganha mais eficiência (porque há uma casa a menos para alimentar). Sustentabilidade: ao utilizar-se de fontes renováveis, que são limpas e abundantes, essa prática contribui para um sistema elétrico mais sustentável. Simplicidade: essa vantagem é direcionada aos geradores movidos pela fonte solar. As placas fotovoltaicas possuem gastos anuais extremamente baixos e uma manutenção periódica bem simples. Um fato que alivia o consumidor interessado nesse sistema. Além desses,

Geração Compartilhada: o que é e como funciona?

Segundo o Instituto Acende Brasil, a energia elétrica do Brasil é a trigésima sétima mais alta do mundo, à frente tanto de países desenvolvidos, como os Estados Unidos e Coreia do Sul, quanto de potências emergentes, como a Índia e China. Além disso, o consumidor brasileiro gasta em média o dobro do consumidor estadunidense com energia elétrica.  Diante desses fatos, é natural que o leitor procure por formas de reduzir sua fatura de energia ao fim do mês. Para te ajudar nisso, trouxemos um método muito interessante de gerar essa economia não só para você, mas para seus vizinhos, amigos, e até parceiros comerciais: a geração compartilhada. O que é Geração Compartilhada? Criada em 2015 pela ANEEL, é uma modalidade da geração distribuída que permite a união de diferentes consumidores para fins de geração e compartilhamento de eletricidade, em troca de compensações da distribuidora. Quais são as exigências de uma geração compartilhada? Conforme a ANEEL, a Geração Compartilhada é “caracterizada pela reunião de consumidores, dentro da mesma área de concessão ou permissão, por consórcio ou cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica, que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada.” Resumindo, para ser considerado geração compartilhada, é necessário: A reunião de 2 ou mais consumidores em um consórcio/cooperativa; Possuir CPF ou CNPJ; Que os consumidores estejam na mesma área de concessão da distribuidora; Possuir unidade consumidora com micro ou minigeração distribuída; Que a energia excedente seja compensada em unidade consumidora diferente do local de geração. Quem pode participar de uma geração compartilhada? A ANEEL permite que um grupo de pessoas invista em uma central geradora de energia renovável e usufrua de benefícios da distribuidora em cada uma de suas unidades consumidoras.  Dessa forma, moradores de condomínios residenciais, empresários de edifícios comerciais, grupos de lojistas e até mesmo um grupo de amigos podem se unir e economizar nas suas contas de energia por meio da instalação de um sistema fotovoltaico, por exemplo. Como funciona a Geração Compartilhada? Por se tratar de um sistema de micro ou minigeração, a geração compartilhada segue os mesmos mecanismos básicos desses processos de produção energética. Assim, a modalidade utiliza-se do sistema de compensação para trazer benefícios aos consumidores.  Sistema de compensação O sistema de compensação converte os excessos de energia produzidos pela unidade geradora em créditos, os quais podem ser utilizados para reduzir o valor pago na conta de energia do consumidor. Dessa forma, a eletricidade produzida pelo sistema é preferencialmente utilizada para abastecer a unidade consumidora. Porém, caso a energia elétrica gerada seja insuficiente, ou seja, menor que o consumo necessário em algum momento, a concessionária injeta energia no imóvel e cobra o valor referente a esse consumo na conta de energia. Em um sistema em que o gerador está conectado à rede pública (On Grid), quando a produção energética excede o consumo do imóvel, a eletricidade extra é direcionada para a rede de distribuição. Essa energia será utilizada para abastecer outras unidades consumidoras. Em seguida, a concessionária compensa a produção excedente com créditos de energia, que geram uma economia no valor final da conta de energia. Compensação em geração compartilhada Fora da modalidade de geração compartilhada, os créditos excedentes podem ser compensados na unidade onde o sistema de geração está instalado ou em propriedades cadastradas com o mesmo CPF, ou CNPJ do local de geração.  Entretanto, quando a geração é compartilhada, os créditos podem ser transferidos para unidades consumidoras da cooperativa/consórcio, o que resulta em uma economia na fatura para todos os envolvidos. Energia Solar Compartilhada Para gerar eletricidade a partir de um gerador próprio, é indispensável  a presença de uma fonte de energia. No caso da mini e microgeração, a hidrelétrica, eólica, biomassa e solar, são os modelos de fontes renováveis permitidos. Dentre essas, a solar é a que tem maior destaque e que mais vem crescendo no Brasil. Isso ocorre graças ao barateamento da tecnologia de painéis fotovoltaicos e de diversos incentivos governamentais. Benefícios  A utilização da fonte solar é mais vantajosa que a de outras fontes renováveis, principalmente por não depender da disponibilidade de recursos naturais. Isto é, basta haver incidência de radiação solar no território para ocorrer a geração de energia. Além disso, a geração de energia solar fotovoltaica é mais estável, é de alta durabilidade (cerca de 25 anos de vida útil), fornece alto retorno financeiro a longo prazo, e é ecologicamente correta, já que é uma fonte limpa. Do ponto de vista da geração compartilhada, os consumidores se beneficiam pela possibilidade de dividir os custos de instalação e manutenção do sistema elétrico. Isto diminui os gastos do investimento e eventuais despesas e, por consequência, aumenta sua rentabilidade para todos os beneficiados.  Regulamentação No Brasil, a geração distribuída é regulamentada pela ANEEL por duas resoluções normativas: n° 482, de 17 de abril de 2012, e n° 687, de 24 de novembro de 2015. A primeira foi o marco regulatório que possibilitou a criação de sistemas de geração distribuída local. Ela determina as condições de acesso de micro e minigeração partilhadas aos sistemas de distribuição de eletricidade. Além disso, essa resolução criou o sistema de compensação por meio de créditos excedentes. A segunda, por sua vez, alterou a resolução n° 482, aumentando o prazo para utilização dos créditos excedentes de 36 para 60 meses. Também, diminuiu o prazo para as distribuidoras analisarem e aprovarem o acesso e conexão do sistema de geração de energia de 80 para 34 dias. Outro fator importante é que essa resolução definiu o autoconsumo remoto, o empreendimento com múltiplas unidades consumidoras e a geração compartilhada de 3 modalidades diferentes. Ficou com alguma dúvida sobre geração compartilhada? A C2E te ajuda! É só entrar em contato pelo e-mail consultoriac2e@gmail.com e responderemos em seguida.

Análise Tarifária: o que é e como funciona?

No nosso artigo Como ler a fatura de energia da sua empresa e alguns outros já mencionamos que você pode economizar na conta luz com a Análise Tarifária. Mas, você sabe do que realmente se trata esse termo? O objetivo deste artigo é, justamente, explicar o que é a Análise Tarifária e como funciona esse processo, assim você estará um passo a frente para começar a economizar energia. Vamos lá? O que é Análise Tarifária? A Análise Tarifária é o estudo realizado sobre a fatura de energia elétrica de uma determinada empresa por um profissional capacitado. Nesse estudo, o responsável analisa a situação atual—como os custos nos horários de ponta e fora-ponta, o grupo tarifário e a modalidade tarifária—e com esses dados ele determina as alterações de contrato que gerarão maior economia para a empresa. Agora, talvez você tenha ficado na dúvida sobre os termos citados (horário ponta/fora-ponta, grupo tarifário e modalidade tarifária), por isso vamos explicar melhor sobre eles nos próximos tópicos. Horário ponta e fora-ponta Como há diferença de demanda de energia em diferentes horários, as distribuidoras definiram dois períodos com suas respectivas tarifas: o horário ponta e o horário fora ponta. Esse período varia segundo a distribuidora. No caso da Celesc em Santa Catarina, o horário ponta vai das 18:00 até as 21:00, e o horário fora ponta se estende das 00:00 até as 17:59 e das 21:00 até as 23:59. Mas, caso o seu contrato de energia seja com outra distribuidora, você pode entrar em contato com ela para tirar as dúvidas sobre os horários ou até mesmo procurar no site da mesma. Grupos Tarifários Os grupos tarifários são uma forma de classificar os consumidores, sendo divididos por nível de tensão consumida. São eles: Grupo A – Composto pelas unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou atendidas a partir de sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária Grupo B – Composto pelas unidades consumidoras com fornecimento em tensão inferior a 2,3kV Em seguida, o Grupo A é dividido nos seguintes subgrupos: A1 – 230 kV ou mais. A2 – 88 a 138 kV A3 – 69 kV A4 – 2,3 a 44 kV AS – Menor que 2,3 kV (atendimento subterrâneo) Como a Análise Tarifária tem maior importância sobre o Grupo A, falaremos apenas dele neste artigo. Modalidade Tarifária A modalidade tarifária define a forma que o consumidor será cobrado pela energia utilizada. Assim, existem duas modalidades tarifárias diferentes, porém apenas os subgrupos A4 e AS podem escolher entre a modalidade azul ou verde. Já os demais subgrupos (A1, A2 e A3) estarão sempre na modalidade tarifária azul. Vejamos as suas características: Modalidade Tarifária Azul – Na tarifa azul, o consumidor faz duas contratações de demanda: uma para o horário de ponta e outra para o horário de fora-ponta. Analogamente, o mesmo vale para o consumo de energia, a distribuidora cobra separadamente os períodos de ponta e fora-ponta. Modalidade Tarifária Verde – Na tarifa verde, o consumidor faz apenas uma contratação de demanda, e ela valerá tanto para o horário ponta como para o horário fora-ponta. Quanto ao consumo, a distribuidora cobra apenas o valor mais alto dos dois períodos. Como funciona a Análise Tarifária? Aqui na C2E, fazemos a Análise Tarifária nas seguintes etapas: diagnóstico, estudo e contrato. Primeiramente, no diagnóstico, recolhemos um histórico de faturas da empresa (geralmente pedimos dos últimos 12 meses) para obter os dados de grupo tarifário, modalidade tarifária e valor de cobrança das faturas. Em seguida, realizamos o estudo sobre a fatura, isto é, testamos diferentes alternativas de contratação e buscamos pela aquela que traz maior economia. Além disso, verificamos se haverá necessidade de corrigir o fator de potência que, quando irregular, tem grande impacto sobre a conta de luz. Por fim, fazemos a alteração de contrato diretamente com a distribuidora, livrando você de qualquer desconforto com burocracias. Fácil né?  Faça um diagnóstico gratuito com a C2E Como você já percebeu, na C2E realizamos o serviço de Análise Tarifária. Ainda mais, nós fazemos a etapa de diagnóstico totalmente gratuita. Dessa forma, você pode ficar tranquilo para decidir se vai dar continuidade na sua análise. Ficou com alguma dúvida? A C2E te ajuda! É só entrar em contato pelo e-mail consultoriac2e@gmail.com e responderemos em seguida.

Grupos Tarifários: o que são e quais são os tipos?

Se você já olhou a sua fatura de energia, deve ter encontrado alguns termos que classificam a Unidade Consumidora da sua empresa. A questão é: eles não são explicados no documento. Esse é o caso dos Grupos Tarifários que, por vezes, o consumidor nem sequer saber se está enquadrado naquele que mais traz economia de energia. Como você já deve ter percebido, explicaremos nesse artigo os Grupos Tarifários e seu diferentes tipos. Vamos lá? O que são os Grupos Tarifários? Os Grupos Tarifários são classificações fixas das unidades consumidoras que servem para separar e organizar os consumidores conforme a tensão utilizada. Dessa forma, isso possibilita um melhor ajuste dos preços aos perfis de consumo dos contratantes. Essa divisão é feita a partir de dois grandes grupos: grupo A e grupo B, que basicamente dividem os consumidores a partir da tensão de fornecimento e oferecem propostas e tarifas personalizadas para cada classificação. Grupo Tarifário A Estão nesse grupo as unidades consumidoras com fornecimento igual ou maior que 2,3 kV, ou atendidas por um sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária (tensões inferiores à 2,3 kV). É característica desse grupo a tarifa binômia, ou seja, os contratantes precisam determinar qual será a potência de sua unidade consumidora e contratar o valor de demanda referente. Assim, isso ajuda a distribuidora a garantir o preparo do sistema e atender a todos os consumidores.  Vale lembrar que a demanda contratada deve ser pelo menos de 30 kW, e que é pago integralmente o valor contratado, mesmo não usando toda a capacidade. Além disso, caso o valor contratado seja ultrapassado em 5%, será adicionada à conta uma multa. Subgrupos No grupo A, existem outras classificações: os subgrupos A1, A2 e A3, que formam os consumidores de alta tensão. E, os subgrupos A3a e A4, sendo os consumidores de média tensão. Por fim, existe o subgrupo AS, formado pelos consumidores com sistema subterrâneo de distribuição. A1 – tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV; A2 – tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV; A3 – tensão de fornecimento de 69 Kv; A3a – tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV; A4 – tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV; AS – tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, a partir de sistema subterrâneo de distribuição; Modalidades tarifárias Para entender as modalidades tarifárias, é importante primeiro compreender o que é o horário ponta e horário fora ponta.  Esses são períodos que as distribuidoras definem, considerando a carga de seus sistemas, e posteriormente aprovados pela ANEEL. Dessa forma, o horário ponta é constituído de 3 horas diárias seguidas (onde a tarifa é mais cara), exceto sábados, domingos e feriados. Já o horário fora ponta é o período das 21 horas complementares ao horário de ponta, ou seja, as horas restantes do dia. O objetivo dessa diferença de tarifas é reduzir a demanda e não sobrecarregar o sistema no horário ponta, que é o “horário de pico”. Agora, já podemos continuar nossa explicação sobre as modalidades tarifárias, sendo dividas em horária azul e horária verde. Horária azul: É obrigatória às unidades consumidoras A1, A2 e A3, e opcional aos demais subgrupos A. Ela é caracterizada pelas tarifas diferentes de demanda de potência e de consumo de energia para os horários de ponta e fora de ponta. Horária verde: A modalidade verde está disponível apenas para as unidades consumidoras A3a, A4 e AS. Sua característica é ter apenas uma tarifa de demanda, mas tarifas diferentes de consumo de energia para os horários de ponta e fora de ponta. Qual é a melhor opção? O que difere as duas opções é que na tarifa verde é contrata-se apenas um valor de demanda, já na azul contrata-se dois (um para o horário de ponta e um para o horário fora de ponta). A tarifa horo sazonal azul oferece custos menores no consumo de energia no horário de ponta. Portanto, é a melhor escolha aos consumidores que não conseguem evitar o alto consumo de energia nesse período. Assim, para avaliar a melhor opção, você precisa considerar qual é a demanda ideal e como o consumo está dividido nos períodos do dia. Grupo Tarifário B Este grupo é composto pelas unidades consumidoras com tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV. A tarifação para esse grupo é monômia. Ou seja, os consumidores têm tarifas aplicáveis unicamente ao consumo de energia elétrica, não precisando contratar o valor de demanda. Mas, isso não significa que não paguem pela infraestrutura da rede de distribuição Isto é, existe o “custo de disponibilidade”, que é o custo fixo que pago caso o consumidor não atinja um consumo mínimo,  que varia conforme a ligação da unidade consumidora com a rede de distribuição. Subgrupos Assim como no grupo A, as unidades consumidoras do grupo B também tem suas divisões e classificações: B1 – classe residencial; B2 – classe rural; B3 – demais classes; B4 – iluminação pública; Analogamente, cada um desses subgrupos são novamente divididos, de modo a adequar melhor as tarifações aos consumidores.  O subgrupo B1 que contém a classe residencial, tem classificações para unidades consumidoras de baixa renda.  Em seguida, o B2 tem classificações residencial rural, cooperativa de eletrificação rural, quando as cargas se destinam ao desenvolvimento de atividades rurais, além do serviço público de irrigação.  O B3 destina-se ao saneamento, contém também pequenos comércios e pequenas indústrias. Já o subgrupo B4 está conforme as responsabilidades da prefeitura e da distribuidora. Economize energia com a C2E Está buscando formas de economizar energia na sua empresa? Você sabia que dá para fazer isso sem nenhuma alteração física no local? É possível através da Análise Tarifária, onde realizamos um estudo sobre a sua fatura de energia e encontramos pontos de economia. Ficou interessado? É só entrar em contato pelo e-mail consultoriac2e@gmail.com e te ajudaremos.

Cinco dúvidas comuns sobre a energia solar fotovoltaica

Como em qualquer outro investimento, é comum que as pessoas fiquem com certas dúvidas quanto ao funcionamento e as possibilidades do sistema de energia solar fotovoltaica. Pensando nisso, a C2E preparou esse artigo levantando as cinco dúvidas mais comuns sobre a energia solar fotovoltaica. O que acontece quando o sistema fotovoltaico gera energia além do que é consumida? Essa resposta depende se você está utilizando o modelo On Grid ou Off Grid.  O sistema fotovoltaico On Grid é aquele que vai conectado a rede de distribuição, e também é o mais popular. Nesse caso, se o sistema gerar mais energia do que é consumida, a unidade consumidora receberá créditos da distribuidora. Dessa forma, esses créditos serão descontados no valor da próxima fatura de energia elétrica, o que resulta na economia. Já o sistema Off Grid não vai conectado a rede de distribuição, e sim a bloco de armazenamento (sendo as baterias). Dessa forma, as baterias serão responsáveis por armazenar a energia gerada além do consumo. E, em casos que o sistema não consegue fornecer energia suficiente para o consumo, a rede elétrica da unidade consumidora utilizará a energia armazenada. Quanto tempo dura o sistema fotovoltaico? A vida útil mínima dos painéis fotovoltaicos é de 25 anos, mas é comum encontrarmos esses equipamentos funcionando em bom estado até os 30 anos. Depois disso, o sistema continua funcionando, porém, com uma eficiência reduzida em aproximadamente 20%. Em quanto tempo eu recupero o meu investimento? O tempo de retorno do investimento é mais conhecido como payback. Isso varia muito da região onde o sistema é instalada, mas em média o payback fica entre 5 a 8 anos. É verdade que o sistema fotovoltaico pode valorizar o meu imóvel? Sim! E para entender o motivo disso é simples: imagine que você vá adquirir um imóvel, você não iria preferir um que gerasse a própria energia?  Uma prova disso é um estudo do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley aponta uma valorização de até 6% em imóveis que tem o sistema fotovoltaico instalado. No Brasil essa valorização pode ser ainda maior, visto que nosso país tem um potencial de incidência solar muito grande. O sistema fotovoltaico é o mesmo do sistema de aquecimento solar? Não, esses dois sistemas são diferentes em função e tecnologia. O sistema fotovoltaico utiliza da radiação solar para gerar energia elétrica, utilizando as células fotovoltaicas. Já o sistema de aquecimento solar ou fototérmico utiliza a radiação para aquecer a água, utilizando os coletores solares. Aprenda mais sobre a energia solar fotovoltaica Você quer aprender mais sobre a energia solar fotovoltaica? Nós fizemos um artigo completo falando sobre esse assunto, você pode acessá-lo clicando aqui.

Cogeração Qualificada: o que é e quais são os tipos?

Conseguir combinar o conforto com a preservação dos recursos naturais é o grande desafio de vários engenheiros atualmente. Assim, uma das formas de se alcançar essa preservação é através de alternativas energéticas. Nesse artigo, abordaremos sobre uma alternativa pouco conhecida e utilizada aqui no Brasil, a Cogeração de Energia Qualificada. O que é Cogeração de Energia Qualificada? A Cogeração de Energia é a produção sequencial de eletricidade e calor útil a partir de um único combustível. Além disso, a ANEEL estabelece uma eficiência mínima para a cogeração de energia através do gás natural. Não entendeu? Vamos enxergar essa definição de forma simples: sabe aquele calor perdido no processo de produção de energia elétrica? A cogeração aproveita esse calor, que antes era desperdiçado, para algum outro processo. Dessa forma, aumentamos o aproveitamento do sistema, visto que com apenas um combustível há a produção e a utilização de duas formas de energia. Esses sistemas se diferenciam dos demais, pois fornecem o calor do processo de geração de energia para atividades que necessitem dele. Segundo a ANEEL, “A atividade de cogeração de energia contribui para a racionalidade energética, possibilitando melhor aproveitamento e menor consumo de fontes de energia, quando comparada à geração individual de calor e energia elétrica”.  Portanto, essa é uma boa alternativa para qualquer instalação que demande energia térmica e elétrica. Atualmente, grandes indústrias já utilizam da Cogeração Qualificada para obter benefícios financeiros. Tipos de sistemas de Cogeração Qualificada Dos sistemas disponíveis, os mais comuns são os de turbina a gás ou a vapor, os quais veremos a seguir: Sistema de turbina a vapor Um combustível muito comum nos sistemas de turbina a vapor é a biomassa, que é qualquer matéria orgânica a qual possa ser reaproveitada para a geração de energia.  No caso da cana-de-açúcar, o bagaço ao ser queimado, gera energia térmica em forma de vapor. Parte desse vapor é destinado para as turbinas, onde é transformado em energia elétrica. Infelizmente há algumas desvantagens em usar a biomassa, uma delas é a emissão de dioxina e o cloreto de metila. A primeira substância é tóxica para o ser humano e pode causar câncer, enquanto a segunda agrava o aquecimento global com a quebra das moléculas de ozônio.  Sistema de turbina a gás Já é de se esperar que um exemplo de combustível seja o gás natural. Assim, a vantagem desse sistema é a redução dos custos em comparação a outras alternativas energéticas, o que é um grande atrativo para os cogeradores. Além disso, há uma redução significativa de emissão de resíduos, quando comparada com outros combustíveis.  Tipos de sequência No sistema de cogeração há dois tipos de sequências: topping e bottoming. No topping, o primeiro aproveitamento da energia produzida pelo combustível é para a energia elétrica e posteriormente para a utilização do calor. Enquanto no bottoming, primeiro se utiliza o calor e depois há o aproveitamento para a produção de energia elétrica.  Mas, que diferença há entre esses dois métodos? Veremos que a principal diferença está nas temperaturas. Mas, antes de explicar as consequências, é importante saber que para a produção de energia elétrica as temperaturas ideais são entre 400°C e 950°C. Dessa forma, no método de topping a geração de energia ocorre em altas temperaturas e consequentemente há uma produção mais expressiva se comparado ao sistema de bottoming. Além disso, no segundo método há maiores perdas, conforme o gráfico a seguir: Benefícios da Cogeração Qualificada Antes de falarmos dos benefícios, é importante ressaltar que a cogeração não vai aumentar a taxa de conversão de energia térmica para elétrica, mas irá trazer um maior aproveitamento do calor produzido nesse processo. Enquanto nos sistemas convencionais cerca de 65% da energia produzida é perdida para o ambiente, nos de cogeração o aproveitamento do combustível pode ultrapassar valores de 80%. Esse aproveitamento gera inúmeros benefícios, tanto para o meio ambiente como para o proprietário do sistema. Alguns deles são: Eficiência energética: a produção de energia elétrica e energia térmica em conjunto é muito mais eficiente do que separadas. Redução dos desperdícios: o que antes era desperdiçado, agora é transformado em energia. Redução da emissão de poluentes Maior economia de combustível Custo do capital Contexto mundial  A cogeração representa cerca de 7% da matriz energética mundial, sendo mais de 600 GW instalados. Os países que se destacam tanto no crescimento quanto na produção são a China, os EUA, a Dinamarca e a Finlândia. Quando tratamos de combustível, o gás natural ainda é o favorito para os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Já para a China é o carvão, e para o Brasil é a biomassa. Conforme o site da COGEN, no Brasil, a cogeração representa 18,81 GW de potência instalada com a geração a partir da biomassa correspondendo a mais de 60%.  Ainda no site, também é possível visualizar onde se concentram as usinas que utilizam desse sistema. Pode-se observar que ficam restritas ao sudeste e centro oeste do Brasil. E aí, ficou com alguma dúvida? Quer saber mais? Entre em contato com a gente, que responderemos logo em seguida.

Home office: dicas para melhorar sua instalação elétrica no trabalho remoto

O trabalho a distância virou a realidade de muitos funcionários devido à pandemia de Covid-19. Boa parte dos empregados que adotaram o novo regime de home office o veem hoje como muito mais produtivo e cômodo quando comparado ao regime de trabalho presencial. No entanto, o questionamento que surge é: a infraestrutura do seu escritório doméstico permite que sua produtividade seja alta? Caso negativo, temos algumas dicas para melhorar seu sistema elétrico a fim de turbinar sua experiência em home office. Proteja seu equipamento e seu trabalho Um setup (isto é, uma configuração do computador) robusto em seu home office exige bastante da fiação elétrica existente em sua residência. Isso porque computadores, impressoras e outros dispositivos eletrônicos demandam uma fonte estável e contínua de eletricidade. Dessa forma, uma corrente insuficiente ou inconsistente pode danificar esses equipamentos, correndo o risco de perda de dados devido à queda ou surtos de energia. Para evitar esse problema é importante se atentar a dois pontos: melhorias na fiação elétrica e atualização do quadro distribuidor. Veremos melhor sobre isso nos próximos tópicos A fiação elétrica do seu escritório Um aspecto que requer bastante atenção para a segurança das instalações elétricas em home office é o seu cabeamento. Tomadas, plugues, extensões e outros componentes quando envelhecem ou ficam desatualizados pelas normas vigentes tornam-se suscetíveis as falhas de energia, aquecimento excessivo e choques. Vamos analisar algumas possíveis soluções para esses problemas. Tomadas extras É importante ter tomadas suficientes em seu escritório para evitar o uso de extensões (e de benjamins), pois elas são feias, instáveis e desnecessárias quando a infraestrutura está em ordem. Desse modo, entre as sugestões abordadas neste artigo, adicionar tomadas é a mais simples, além de extremamente útil (geralmente um eletricista capacitado dá conta desse processo). No processo de adição é válido considerar também colocar tomadas USB no seu escritório. Apesar de raras no Brasil, elas são tendência em alguns países, pois permitem carregar vários aparelhos móveis sem ocupar tomadas convencionais. Condicionadores de energia Um condicionador de energia é um ótimo ativo para estabilizar a corrente e filtrá-la de ruídos elétricos, que apresentam riscos de danos aos equipamentos conectados ao circuito em questão. Uma alternativa mais barata aos condicionadores de energia são os filtros de linha, que, embora cumpram a mesma função – evitar a entrada de corrente instável aos aparelhos – não têm tantos recursos quanto os condicionadores. Circuito dedicado para o desktop Além disso, outra melhoria bem relevante na fiação elétrica é a adição de um circuito totalmente dedicado e dimensionado para o seu desktop, pois computadores usam componentes mais sofisticados (e caros) e são mais sensíveis a quaisquer mudanças de sinal elétrico. Nesse contexto, um circuito dedicado isola sua estação de trabalho de aparelhos em outros cômodos, tais como os eletrodomésticos, responsáveis por consumir bastante energia e potencialmente gerar ruídos. Desse modo, independente do que ocorrer em outros circuitos, seu desktop estará sempre seguro e bem alimentado. Assim, circuitos dedicados, somados aos dispositivos de proteção elétrica (DR e DPS) acoplados à malha elétrica de sua residência, compõem a defesa definitiva contra fugas de corrente e surtos externos. Analise a necessidade de atualizar seu quadro de distribuição Olhando o quadro de distribuição, é possível identificar a maioria das deficiências elétricas decorrentes da transição para o home office. Se sua casa for antiga, ela provavelmente possui disjuntores desatualizados e nenhum dispositivo de segurança. Ainda que os aparelhos eletrônicos sejam cada vez mais energeticamente eficientes, o simples aumento na quantidade de equipamentos já é suficiente para sobrecarregar circuitos antigos, visto que eles foram projetados para suportar uma demanda muito menor. Quando é necessário a atualização? Se a luz de sua casa cai quando muitos aparelhos estão ligados ao mesmo tempo, isso significa que os circuitos estão sobrecarregados. Apesar de existirem alternativas para evitar essas quedas, elas não trazem benefício algum, além de negligenciar o óbvio: o quadro distribuidor precisa de uma atualização. Desse modo, você irá melhorar o conforto da sua casa ou escritório, além de mantê-los longe de perigos, tais quais perda de bens por surtos ou incêndios elétricos. Reduza interrupções e impulsione sua produtividade com a C2E Encontrou algum problema elétrico em sua casa? Seu quadro está desatualizado? Ou deseja dimensionar um circuito só para o seu computador? A C2E te ajuda! É só entrar em contato pelo nosso e-mail consultoriac2e@gmail.com ou ligar para (48) 99929-1750.

Multas de demanda: você pode estar pagando sem saber

A conta de energia elétrica representa uma parcela significativa dos gastos de uma empresa. Não contentes, muitas indústrias ainda gastam mais do que o necessário ao pagarem multas de demanda junto à distribuidora de energia. Você sabe se o seu negócio está pagando a mais na tarifa de energia? Nesse artigo explicaremos tudo sobre como a sua empresa pode estar pagando taxas extras na contratação de energia. O que é demanda contratada? A fim de compreender de onde surge a multa de ultrapassagem, é necessário entender o conceito de demanda energética e como ela funciona. De maneira simplificada, trata-se da quantidade média de potência necessária no abastecimento dos equipamentos de um local, para que estes realizem adequadamente suas operações em um determinado intervalo de tempo. Essa demanda atinge seu valor máximo quando todos os equipamentos realizam operações simultaneamente, o que faz com que uma quantidade maior de potência seja demandada da rede de distribuição em um período. Nesse sentido, as empresas, ao entrar em operação, assinam um contrato com a distribuidora de energia elétrica de sua região, como a CELESC, em Santa Catarina. Nesse acordo, a fornecedora oferece uma disponibilidade contínua de demanda ao consumidor. Este, por sua vez, necessita informar à concessionária a quantidade de demanda elétrica necessária para que realize suas operações. Essa demanda estabelecida na contratação é a chamada demanda contratada, que é a cobrada na fatura de energia por um valor fixo. Além disso, a contratação pode diferir dependendo do grupo tarifário ao qual a empresa pertence. Que grupos tarifários contratam demanda? A cobrança da demanda na conta de luz ocorre apenas para unidades consumidoras de média ou alta tensão (superiores à 2,3kV), ou seja, para o grupo tarifário A. Tanto o grupo A quanto o B pagam para a distribuidora um valor referente ao seu consumo (a quantidade total de energia utilizada pelo consumidor). Porém, os consumidores do grupo A, além de pagarem o consumo são cobrados também pela demanda que contratam. Isso ocorre porque a fornecedora deve preparar a infraestrutura rede elétrica para atender adequadamente todos os consumidores, exigindo mais gastos por parte da mesma para manter os equipamentos da rede de distribuição funcionando. Multas de demanda Como dito anteriormente, a concessionária deve sempre estar preparada para atender os consumidores com base nos padrões de consumo e exigência de demanda. Assim, ela deve dimensionar e instalar transformadores, motores, subestações e diversos outros componentes da rede da melhor forma possível para atender adequadamente a todos. Todavia, quando a demanda passa a fazer parte do cálculo do dimensionamento, o consumidor deve informar a quantidade exigida. Assim, quando a demanda informada na contratação é menor do que a quantidade utilizada, o dimensionamento da rede de distribuição é feito de forma equivocada, podendo causar danos à rede elétrica. Dessa forma, a distribuidora aplica uma multa de ultrapassagem de demanda, na qual ela cobra um valor muito maior por cada quilowatt de potência utilizado. Isso é feito por conta de todos os possíveis problemas que um dimensionamento equivocado poderia causar na rede elétrica.  Esse problema é muito comum em empresas, principalmente indústrias. Graças a expansões realizadas ao longo dos anos, como a adição de novos maquinários e equipamentos, há um aumento considerável na demanda elétrica do local. Se não houver um ajuste na demanda contratada a empresa tende a pagar multas de ultrapassagem. Por isso, é muito comum que as empresas estejam gastando a toa sem saber. Saiba se você está pagando multas de demanda Quer saber se a sua indústria ou negócio está gastando mais do que o necessário? A C2E pode fazer uma análise gratuita para você! Entre em contato pelo e-mail consultoriac2e@gmail.com ou pelo telefone (43) 99126-1595.