Normalmente, nas instalações elétricas existe o que chamamos de fio força — aquele que fornece a energia — e fio neutro (responsável por trazer a corrente de volta). Mas só com esses dois, a instalação elétrica ainda não é segura e pode causar a queima de equipamentos eletrônicos.
Portanto, é necessário adicionar mais um fio a esse sistema, você sabe qual é? É o que veremos nesse artigo sobre Aterramento Elétrico.
O aterramento elétrico é uma medida de segurança que garante o bom funcionamento dos equipamentos conectados a rede elétrica. Isso inclui a função de conectar o sistema e/ou o equipamento à terra por meio de componentes com o objetivo de eliminar a fuga de energia do sistema.
O aterramento elétrico pode proteger os profissionais e usuários de choques elétricos acidentais causados por falhas no sistema de energia. Na realização de instalações elétricas, o aterramento é uma das medidas mais seguras para garantir o funcionamento normal da rede, sem contar que atende aos requisitos da norma em vigor (NBR 5410).
As fugas de energia, também chamadas de fugas de corrente, ocorrem devido a uma característica do aparelho, um defeito ou até uma falha. Esta fuga encontra-se na superfície de aparelhos elétricos/eletrônicos e pode causar um choque elétrico, de intensidade variável, em quem tocá-las. A quantidade de componentes eletrônicos nos dispositivos é que vai determinar a “força” do choque.
O mesmo acontece com aparelhos que encostam em outros equipamentos com fuga de corrente, o que pode danificar componentes mais sensíveis do aparelho que entrou em contato com a fuga de energia.
A principal função do fio terra é evitar qualquer vazamento de corrente. Ele é conectado aos equipamentos elétricos e libera o excesso de eletricidade em um metal enterrado no solo.
O uso do Terra é obrigatório, segundo a Lei Número 11.337 de 26 de julho de 2006, em todos os equipamentos recém-instalados. Ou seja, estes devem ser aterrados para evitar que a corrente flua para as pessoas e até para proteger contra desvios acidentais. Geralmente, os fios terra tem cor verde ou verde com amarelo.
Você já viu todo o princípio básico por trás de um aterramento elétrico, mas, ainda assim, não é tão claro o motivo pelo qual se utiliza ele. É o que vamos explicar nesse tópico.
O principal objetivo do circuito de um dispositivo é transmitir eletricidade. Porém, quando há mau isolamento, fios e cabos desencapados ou sobrecarga elétrica, a eletricidade pode se acumular sobre o dispositivo.
Para evitar que esse acúmulo de eletricidade cause danos ao equipamento (ou até as pessoas que venham a tocar nele), utiliza-se o fio terra para eliminar o excesso de energia, passando-a para o solo.
Um aterramento elétrico possui características bem importantes, como:
A segurança dos usuários, animais e profissionais da área da elétrica – como explicado anteriormente, algumas fugas de corrente elétrica acumulam-se na superfície dos equipamentos e, apesar de o choque não ser consideravelmente alto, as consequências estão ligadas a fatores externos.
O bom funcionamento dos equipamentos elétricos/eletrônicos – um bom aterramento protege os aparelhos de possíveis descargas elétricas, como sobrecargas ou picos de energia.
Ser o caminho guia para quando há excesso de carga em um equipamento – é pelo fio terra que a corrente elétrica causada pelo excesso de cargas percorrerá seu caminho em vez de outro, como a superfície do equipamento em questão.
Provavelmente, você já notou a presença do terceiro pino que aparece em algumas tomadas mais novas no Brasil. A função desse pino é conectar um aparelho ao Terra, quando existir o aterramento na instalação elétrica do local.
Por muitas vezes o terceiro pino é arrancado do conector para facilitar a utilização do aparelho, mas se isso for feito, o aterramento elétrico deixará de ter utilidade para o equipamento em questão.
Se você já percebeu que os equipamentos metálicos (por exemplo, um notebook) ficam “ásperos” ao conectá-los na tomada, então é muito provável que a instalação não tenha aterramento.
Em um prédio você deve encontrar pelo menos dois tipos de aterramento. Todos os sistemas de aterramento devem seguir a norma NBR 5410, caso contrário, a não conformidade com o conteúdo da norma também colocará em risco usuários e equipamentos.
Essa malha de aterramento trará todos os benefícios já citados no artigo, ou seja, vai proteger a rede elétrica do prédio e os respectivos condôminos.
Para um condomínio, é obrigatório que cada prédio tenha um aterramento próprio e todos aterramentos estejam conectados entre os prédios, apenas assim teremos a garantia que o aterramento funcionará corretamente.
Esse aterramento serve para que os para-raios funcionem corretamente, mas não aprofundaremos sobre para-raios nesse artigo, caso você queira saber mais entre neste outro artigo sobre SPDA.
Atenção: o aterramento do SPDA não pode estar ligado junto ao aterramento da rede elétrica. Um jeito fácil de diferenciar os dois, é observar que as hastes de aterramento estarão sempre próximas aos fios que descem externamente pelo prédio, do topo até o chão, estes são do SPDA.
Lembrando que todos os sistemas de aterramento devem seguir a norma NBR 5410, caso contrário, a não conformidade com o conteúdo da norma colocará em risco usuários e equipamentos, além das possíveis falhas nos circuitos.
Você viu o quão importante é o aterramento elétrico em condomínios e edifícios, já que com ele é possível proteger a rede elétrica de possíveis falhas.
Se você percebeu que no seu condomínio não há a existência do aterramento elétrico ou se está incerto quanto as condições dele, entre em contato com a C2E pelo e-mail consultoriac2e@gmail.com ou pelo telefone (48) 9 9929-1750.
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