Quase duas semanas após o histórico incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, o Brasil ainda tenta compreender o alcance desta enorme tragédia. O museu que fica localizado dentro do Palácio de São Cristóvão, no interior do parque da Quinta da Boa Vista, é considerado um local muito significativo para a história brasileira.
O acervo, que contava com aproximadamente 20 mil itens, foi sendo construído ao longo de 200 anos de funcionamento. Dentre os principais artefatos que lá estavam expostos, podemos citar o Meteorito de Bendegó, o crânio de Luzia, diversos fósseis de dinossauros e outros animais. Isso fazia dele um dos maiores museus de história natural e de antropologia da América, e também uma das principais instituições científicas do Brasil.
Ainda não se sabe exatamente qual foi a causa do incêndio. Mas, O Ministro da Cultura Sérgio de Sá Leitão, em entrevista à RJTV, disse ter conversado com fontes do museu e apresenta dentre as hipóteses cogitadas a possibilidade de ter ocorrido um curto circuito em um laboratório do museu.
Apesar de não podermos afirmar que esta seja a causa principal, ela também não pode ser descartada pela Polícia Federal, visto que, problemas relacionados à parte elétrica em edifícios são comuns e possuem uma probabilidade significativa de causarem incêndios.
Ao contrário do que muitos pensam, acidentes como este não são casos isolados. Isto ocorre, em decorrência de problemas relacionados as instalações elétricas ocorrem com muita frequência e o fato de a grande maioria da população não possuir um conhecimento adequado acerca deste tema agrava ainda mais a situação.
Consequência deste processo, é que, ocorre hoje no Brasil uma certa “negligência involuntária” sobre os sistemas elétricos. Tal negligência pode ser melhor caracterizada pela falta de realização de manutenções preventivas em edificações comerciais, residenciais, ou em prédios públicos como o Museu Nacional, visto que, como há um fluxo considerável de pessoas nestes locais, a não realização de manutenções periódicas pode colocar em risco a segurança destes indivíduos.
Dessa forma, é importante levarmos em consideração também, que a fonte deste tipo de irregularidade não é algo simples de ser notado. Tal situação tem origem na dificuldade de visualização de sintomas de defeitos nas instalações elétricas, que quando associada a característica da negligência involuntária (?) cria-se um ambiente em que problemas elétricos são apenas detectados quando ocorrem acidentes.
Exemplo dessa realidade, é que muitos incidentes podem ocorrer sem mesmo (?) que os responsáveis soubessem que possuíam algum problema. De acordo com uma pesquisa realizada em 2017 pela Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade) no Brasil, ocorreram 451 incêndios gerados apenas por curtos circuitos e que totalizaram um total de 30 mortos.
Estes resultados mostram que há um número considerável de acidentes quando se trata de um setor tão específico, o que demonstra a grande presença desta realidade no cotidiano brasileiro. Dessa forma, visando uma maior conscientização da população a respeito deste tema, é possível expor os principais fatores que podem ser observados para detectar um problema.
Dentre os eventos mais comuns, podemos citar a ocorrência de queda de disjuntores, aumento da tarifa energética sem mudança no hábito de consumo ou superaquecimento dos fios e de componentes do quadro de distribuição.
Assim, é importante ressaltar o papel de empresas como a C2E em analisar e apresentar soluções com o objetivo de que cenários como este sejam cada vez menos frequentes. Neste âmbito, o Laudo de Instalações Elétricas é uma solução que se associa perfeitamente a esta situação, e é caracterizado por uma detalhada análise in loco de todos os componentes das instalações elétricas do estabelecimento, bem como a indicação de todos os pontos com irregularidades perante as normas vigentes além da apresentação de sugestões de solução para as inconformidades observadas.
Há também o Projeto Elétrico de Readequação, que é definido como a parte sucessora do Laudo de Instalações Elétricas, em que o projeto elétrico do local será readequado às especificações das normas, levando –se em consideração os pontos de inconformidades apresentados no laudo.
Portanto, diante deste cenário de luto e prejuízo para a história brasileira e, levando em consideração que as causas do incêndio do Museu Nacional ainda não foram descobertas, é nítida a importância que não seja descartada a possibilidade de ter acontecido um acidente elétrico no museu com base nos pontos aqui apresentados.
No entanto, mais importante que descobrir a causa, é tomar este trágico incidente como um alerta e estabelecer medidas que visam prevenir que acidentes como este ocorram novamente. A conscientização sobre a importância da manutenção preventiva é algo que vai além do âmbito jurídico impondo-se sobre a segurança dos cidadãos brasileiros.