A engenharia e a questão racial no Brasil

Atualmente, muitos protestos e manifestações contra o preconceito e a segregação racial estão ocorrendo no mundo inteiro, seja por meio presencial ou pelas mídias sociais. Mas, independentemente do meio, estamos demonstrando insatisfação conjunta contra um sistema que não provém a mesma qualidade de vida para todas as pessoas.

Essa luta, porém, não abrange somente a violência contra o povo afrodescendente. Ela se estende também para as oportunidades e qualidade de vida que são oferecidas aos mesmos.

Em nosso país, de acordo com dados do IBGE, cerca de 49,5% da população é composta de negros e pardos, o que contrasta muito com a composição de alunos dos 10 melhores cursos universitários do país. Segundo números do Ranking Universitário Folha (RUF), apenas cerca de 20% dos alunos das 5 engenharias listadas são pardos ou negros, incluindo cotas raciais.

Nesse sentido, o processo histórico de formação brasileiro é a causa de tantos números desfavoráveis aos negros no meio acadêmico.

Ainda que a escravidão tenha sido abolida há tempos, suas consequências duram até hoje. Alguns exemplos disso são: a alta porcentagem de negros que compõem a pobreza no Brasil (cerca de 70%, segundo o IBGE); os longos históricos de episódios de injúria racial; o racismo estrutural no meio profissional e social; a porcentagem de assassinatos de pardos e negros, que gira em torno dos 75% do total de casos, segundo o Estadão.

Conclusão

Assim sendo, apoiar as manifestações não é uma questão política ou ideológica, mas sim de bom senso e empatia.

Nesse sentido, o papel da educação é acabar com o racismo estrutural a partir de suas raízes, que são os jovens. Além disso, a engenharia também deve ter um papel nessa luta, com uma maior exposição de trabalhos de engenheiros negros, políticas de incentivos tecnológicos em comunidades carentes, entre outros. Não se pode esperar sentado para que a mudança ocorra. Por isso, todas as partes devem entregar sua contribuição, por menor que seja. É importante lembrar que esse não é um conflito a favor apenas das pessoas negras, mas sim da sociedade em geral, uma vez que é de interesse de todos que a cor da pele seja apenas algo estético, e que não influencie no futuro, expectativa de vida e oportunidades que uma pessoa tenha em sua vida.

Fonte: Glamour

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