Iluminação de Emergência: o que é e quais são os tipos?
Cada vez mais as pessoas buscam por lugares seguros, seja para morar, trabalhar ou para ter um momento de lazer. Já comentamos em outros artigos do blog sobre dispositivos e procedimentos que trazem conforto e proteção para o ambiente. Mas a iluminação de emergência, em específico, tem um papel muito importante quando falamos de imprevistos.
A principal função desse sistema é direcionar as pessoas para a saída em casos de emergência. Por esse motivo, é considerado uma medida de segurança indispensável para estabelecimentos, condomínios, ou lugares com fluxo de pessoas em geral.
Este artigo tem o propósito de ajudá-lo com as principais questões sobre o sistema de iluminação de emergência. Confira o que será abordado:
O que é a Iluminação de Emergência e qual o seu objetivo?
Iluminação de Emergência de aclaramento e sinalização
Como funciona e onde usar o Sistema de Iluminação de Emergência
Quais são os tipos mais comuns de Iluminação de Emergência?
Exigências
Realização do Projeto
O que é a Iluminação de Emergência e qual o seu objetivo?
A iluminação de emergência é aquela que deve orientar as pessoas para rotas de saída seguras, quando a iluminação normal falha ou é desligada voluntariamente.
Além disso, conforme a norma técnica NBR 10898 “a intensidade da iluminação deve ser suficiente para evitar acidentes e garantir a evacuação das pessoas, levando em conta a possível penetração de fumaça nas áreas”.
O seu objetivo é de garantir a proteção e a segurança das pessoas em uma determinada área em situações extraordinárias, como em incêndios ou falta de energia elétrica. Por isso é de extrema importância que o conjunto esteja de acordo com as normas e com um bom funcionamento.
Vale lembrar que o Sistema de Iluminação de Emergência (SIE) é obrigatório em lugares como condomínios, edificações e diversos lugares públicos.
Iluminação de Emergência de aclaramento e sinalização
A NBR 10898 determina que há duas formas de iluminação de emergência: a iluminação de ambiente ou aclaramento e a iluminação de balizamento ou de sinalização.
A iluminação de aclaramento utiliza pontos de luz (geralmente no piso) para mostrar os caminhos seguros para que as pessoas consigam se dirigir até a saída do local. Ela se torna obrigatória em lugares com circulação vertical ou horizontal e com saídas para o exterior do ambiente.
Já a iluminação de sinalização mostra a rota mais segura até a saída através de símbolos e letras que identificam a direção correta, e também alerta dos obstáculos presentes no caminho. As placas de saída, por exemplo, fazem parte dessa categoria. Essa forma de iluminação é obrigatória em edificações, principalmente nas escadas de emergência, e devem ser colocadas em lugares estratégicos para que as placas não sejam obstruídas por anteparos e decoração do ambiente.
Como funciona e onde usar o Sistema de Iluminação de Emergência?
Como mencionado anteriormente, a principal função do SIE é iluminar ambientes em situações de falta ou falha de energia elétrica e indicar a rota mais segura até a saída.
Dessa forma, o sistema deve estar conectado à instalação elétrica para que seu acionamento seja automático. Também, sua distribuição deve ser uniforme e em conformidade com as exigências para evitar prejuízos no sistema caso uma única luminária falhar.
A sua obrigatoriedade varia quanto ao tipo e modelo de iluminação, mas de maneira geral é exigido em: condomínios, edificações, escadas e saídas de emergências.
Além disso, como a iluminação não pode causar ofuscamento, os projetores ou faróis de emergência devem ter uma proteção e um direcionamento pensado. Eles só podem ser usados em casos específicos, sem a possibilidade de utilizar outro tipo de luminária e nunca em locais com desníveis.
Outro fator que pode causar o ofuscamento é a variação das intensidades das luzes. A variação não pode ser superior à proporção 20:1, ou seja, os pontos mais iluminados só podem ser até vinte vezes mais intensos que os menos iluminados.
Quais são os tipos mais comuns de Iluminação de Emergência?
Existem quatro tipos de sistemas para iluminação de emergência, são eles: blocos autônomos, sistema centralizado com baterias recarregáveis, sistema centralizado com grupo motogerador e equipamentos de iluminação portáteis.
Contudo, essas exigências podem sofrer alteração pelas autoridades de cada estado. No caso de Santa Catarina, o Corpo de Bombeiros Militar aborda os 3 modelos abaixo com as seguintes definições e exigências:
Conjunto de blocos autônomos
É o sistema mais comum de ser encontrado, por ser fácil de ser instalado e ter um bom custo-benefício.
Os blocos autônomos são formados por um único corpo, sendo integrado pela luminária, bateria, carregador e um circuito que é responsável por detectar a falta de energia da rede elétrica da concessionária.
A fonte dos blocos autônomos deve estar ligada a rede elétrica, mantendo as baterias sempre com capacidade total.
Devem ser resistentes à variação de temperatura e feitos com um material antichamas, para não propagar o incêndio.
O Sistema de Iluminação de Emergência por blocos autônomos deve ter uma tomada exclusiva para cada bloco autônomo.
Os dois sistemas centralizados, que serão explicados a seguir, possuem uma estrutura mais complexa. Dessa forma, tanto seu planejamento como a sua instalação demandam mais cuidado e atenção do que os blocos autônomos.
Inclusive, precisam de uma fonte de energia com um abrigo próprio, ou seja, precisam de um local exclusivo na edificação. Esse espaço deve ser restrito e possuir proteção contra incêndios, além de ter iluminação de emergência em seu interior. Também, é importante que tenha um quadro de comando com identificações dos circuitos e instruções sobre os procedimentos para desligar.
Sistema centralizado com baterias recarregáveis
O conjunto é formado por uma central de emergência que deve ficar ligada à rede elétrica, às baterias e ao circuito de luminárias. A fonte que alimenta as luminárias em um sistema de emergência com baterias deve ficar no ambiente específico descrito no parágrafo acima.
Enquanto o conjunto não estiver acionado, a energia da rede elétrica deve carregar as baterias. Quando o fornecimento de energia da concessionária for interrompido, a energia armazenada nas baterias deve suprir as luminárias.
No grupo de baterias, como fonte central para iluminação de emergência, o disjuntor tem que ser o único meio para o desligamento voluntário da carga, procedimento para testar o funcionamento.
Não pode ser usado como fonte para qualquer outro circuito senão o sistema de iluminação de emergência, para não interferir na autonomia
O sistema deve iniciar seu funcionamento em até 2 segundos.
Deve ter recarga automática e garantir que as baterias estejam com plena capacidade em 24 horas.
O ambiente onde as baterias ficam deve ser ventilado, para evitar o acúmulo de gases.
Inspeções das condições do sistema devem ser semestrais.
Sistema centralizado com grupo motogerador
A fonte desse tipo de conjunto é um gerador conectado ao circuito de luminárias, que deve monitorar a rede da concessionária, mas não precisa ser exclusivo para o sistema de iluminação de emergência.
Os sistemas centralizados precisam prever a perda do funcionamento de luminárias de emergência (interrupção do fio, curto-circuito, ação do calor), mas não pode comprometer o funcionamento de todas as lâmpadas.
O acionamento deve ser feito no máximo em 12 segundos. Portanto, pode ser necessário adicionar algum dispositivo para pré aquecimento do motor em estado de vigília.
As inspeções devem ser mensais.
Exigências
Ao instalar um sistema de iluminação de emergência em seu condomínio, há alguns requisitos e obrigações que precisam ser respeitados. Como a autonomia do conjunto e a sua manutenção. Vejamos a seguir cada uma delas:
Autonomia
Qualquer sistema de iluminação de emergência deve ter no mínimo uma hora de funcionamento após seu acionamento (por exemplo, numa queda de energia), com perda menor que 10% da luminosidade inicial. Para edificações com mais de 100 metros de altura, edificações hospitalares, ou áreas com reunião de público, a autonomia precisa ser de duas horas.
Manutenção
Segundo a NBR 10898, a manutenção preventiva tem o objetivo de reduzir ou até mesmo impedir falhas no desempenho do sistema. Caso existam alterações nas áreas da construção, a iluminação de emergência deve adequar-se às novas exigências.
O projeto de iluminação de emergência é elaborado a fim de garantir o cumprimento das exigências da norma e/ou instrução do corpo de bombeiros, por isso recomendamos que já esteja presente no projeto do sistema elétrico da construção. Porém, é possível fazer a instalação dele posteriormente.
Assim que o projeto for aprovado pelo Corpo de Bombeiros do estado, é emitido um documento conhecido como Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), informando que o local foi inspecionado e está de acordo com as normas de segurança estabelecidas.
Responsabilidades
Com o sistema de iluminação de emergência já instalado, algumas responsabilidades são divididas:
A execução do sistema, respeitando o projeto elaborado, é de responsabilidade do instalador.
O funcionamento do sistema é de responsabilidade do proprietário. Além disso, o fabricante e o instalador são co-responsáveis desde que observadas as especificações de instalação e manutenção.
Conclusão
Você viu como é importante ter um sistema de iluminação de emergência no seu prédio, pois assim, mesmo em situações inesperadas, esse sistema possibilita que as pessoas saiam ilesas do local.
Portanto, se o seu condomínio ainda não possui iluminação de emergência ou está em más condições, saiba que a C2E pode te ajudar. Você pode entrar em contato conosco pelo e-mail consultoriac2e@gmail.com ou pelo telefone (48) 9 9929-1750.