Fator de Potência e Energia Reativa: o que é e como corrigir?
A sua fatura de energia está muito cara? Encontrou o termo "Energia Reativa Excedente" na cobrança e não sabe o que é? Neste artigo explicamos sobre fator de potência e energia reativa de forma objetiva e clara para ajudar você.
Entender a conta de energia elétrica de sua empresa pode ser uma tarefa difícil, já que diversos conceitos, como o fator de potência, estão presentes na cobrança de energia e raramente as distribuidoras de energia explicam sobre eles.
Por vezes, vemos faturas que contam com multas pelo excesso de energia reativa—principalmente devido ao baixo fator de potência—mas você sabe o que isso significa? Neste artigo explicaremos esses pontos de forma clara e objetiva, com o intuito de ajudar você a economizar na energia elétrica.
O que é energia reativa?
Alguns equipamentos comumente utilizados em indústrias, como motores e transformadores, precisam de campos eletromagnéticos para seu funcionamento. Nesse sentido, parte da energia utilizada em sua operação serve para gerar esses campos, que recebe o nome de energia reativa, medida em kVAr (quiloVolt-Ampere reativo).
Contudo, mesmo que a presença de energia reativa seja importante para esses equipamentos, é necessário reduzi-la o máximo possível, visto que ela não é convertida em energia ativa. A energia ativa é aquela utilizada de fato pelos equipamentos. Em motores, por exemplo, a energia ativa é responsável pelo movimento de rotação.
Além do desperdício, o excesso de energia reativa também pode provocar quedas de tensão, desgaste e aquecimento dos equipamentos, e necessidade de transformadores mais potentes.
O que é fator de potência?
O fator de potência é a relação entre a potência de energia ativa e reativa, que serve como indicativo da eficiência da instalação elétrica. Mede-se o fator de potência numa escala de 0 a 1, portanto, quanto mais próximo de 1 está este valor, maior a porcentagem da potência ativa e menor a porcentagem da potência reativa, representando um sistema mais eficiente.
Assim, quanto maior o fator de potência, menor a porcentagem de energia reativa. Analogamente, quanto menor o fator de potência, maior a porcentagem de energia reativa.
Como fica na fatura?
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) exige que as indústrias tenham, no mínimo, o fator de potência de 0,92. Dito isto, caso seu estabelecimento tenha um valor menor que esse, a distribuidora cobra uma multa de Energia Reativa Excedente na conta de energia de sua empresa.
Calcula-se essa multa da seguinte forma: caso a energia reativa em um determinado instante seja maior que o aceito, a concessionária cobrará o excedente, acumulando a cada 1 hora.
Causas do baixo fator de potência
Existem diversos fatores que levam ao excesso de energia reativa, entre eles:
Motores ou transformadores operando com baixas cargas;
Motores ou transformadores superdimensionados em relação à carga que estão ligados;
Muitos motores de baixa potência;
Utilização de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio ou vapor de mercúrio.
Como adequar o fator de potência?
Após a notificação da concessionária sobre o excesso de energia reativa, você tem 90 dias para corrigir a situação e evitar altos gastos com a conta de energia provenientes das multas. Um método eficiente e popular entre as indústrias para a correção é instalar um banco de capacitores.
Os bancos de capacitores são quadros elétricos que controlam as oscilações de potência e, desse modo, compensam a energia reativa. Assim, a energia reativa é reduzida e, consequentemente, o fator de potência é elevado, aumentando a eficiência do sistema elétrico e evitando as multas.
Portanto, os bancos de capacitores possibilitam um sistema mais econômico, seguro e estável, ideal para sua empresa caso esteja com um fator de potência abaixo do ideal.
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